domingo, julho 13, 2003



Estou a ler José e os Seus Irmãos de Thomas Mann. Ainda não sei que pensar deste livro. Ao primeiro impacto entusiasmou-me e interessou-me.
Mann ou investigou muito para este livro, ou tem conhecimentos alargados e profundos de história e mitologia relacionada com religião.
Nesta primeira parte Mann disseca todos os mitos das crenças cristãs, desde o dilúvio, onde procura fenómenos naturais que possam justificar o mito - que também é encontrado numa mitologia chinesa -, ao mito do primeiro homem.
Entre a filosofia e a crença religiosa Mann apresenta a história do Romance da Alma com a matéria, cujo resultado é o mundo. O fim do mundo acontecerá com o fim do romance. Fala da paixão de Deus pelo homem e da animosidade dos seus anjos com o mesmo. Fala da queda de Semael, o seu anjo de 12 asas: Semael achava "absurdo que seres criados na refulgência da glória suprema se inclinassem diante de quem fora formado do pó".
Pelo caminho que Mann vai traçando, cruzamo-nos ainda com a Babilónia e o Antigo Egipto, o povo Hebreu e uma mistura enorme de mitos e crenças e religiões, que a igreja dos nossos dias diria ser, no mínimo, herége.
Todo este misticismo é-nos relatado como uma desconstrução dos mitos. Como se ao clarificá-los mostrasse a irrealidade dos mesmos. Ou apenas a procura de explicação para os mitos de hoje, a apresentação de todas as interpretações possíveis. Uma busca ao início da história da origem dos mitos. Algo que nos faça compreender o porquê daquela "história", de onde surgiu o mito do primeiro homem ou o do Dilúvio....

Ainda estou a tentar compreendê-lo :)



salamandrine 18:49



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